Há tempos, as culturas populares vêm sendo tomadas como meio de expansão da economia de mercado, o que é respaldado mais pelo interesse midiático do que, efetivamente, por políticas públicas para a cultura. Com a instalação do Registro do Patrimônio Imaterial, em 2000, antropólogos e folcloristas, que antes dificilmente eram ouvidos pelas ações patrimonialistas, entram em cena reivindicando seu espaço como produtores qualificados de conhecimentos sobre as mais variadas formas de expressão cultural do povo brasileiro. Este trabalho revela a trajetória da representação goiana dentro da Comissão Nacional de Folclore, utilizando as fontes documentais produzidas pelas entidades e os estudos e publicações de um grupo de intelectuais regionais ligados de alguma forma ao folclorismo, num recorte temporal que condiz com o seu período de maior influência no Brasil. A preocupação central aqui é pensar o papel dos folcloristas, reconhecidamente os primeiros intelectuais a contribuir com o entendimento da sociedade brasileira tendo como base suas manifestações culturais, como agentes diretamente ligados à construção de identidades culturais.
Autor: Guilherme Talarico
Acreditamos no poder transformador da leitura, por isto publicamos histórias incríveis!
Utilizamos cookies para que você tenha a melhor experiência em nosso site. Para saber mais acesse nossa página de Política de Privacidade