O romance “Santo de barro” traz implícita uma pertinente crítica social enrustida num forte drama psicológico. A obra revela o lado mais doce e o mais sóbrio do ser humano, o que cada um de nós é ou pode ser.
Este é daqueles livros que fazem do complexo da vida algo simples e, do simples da vida, algo complexo. Quem lê acaba se identificando com o enredo, em certa medida, por mais absurdas e densas que sejam algumas cenas. Talvez porque tanto as possiblidades da mais doce fantasia ou do mais horripilante acontecimento estejam sempre à espreita de nossa realidade.
Uma das características marcantes dos textos de Antônio Marcos é a encarnação do tom poético na carne dura dos elementos dramáticos francamente listados. Neste caso, temos outro efeito: a apresentação quase bruta de elementos ambientais e psicológicos numa forma que enuncia uma beleza profundamente humana improvável. Há uma construção gradativa dos fatos, por meio da descrição psicológica de seus rudimentos pelas personagens, na qual os fatos centrais da trama não são entregues de imediato.
Autor: Marcos Botelho
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